O mundo virtual tem a aura de fazer as pessoas sedutoras e desejáveis, causado pela impressão que as palavras provocam em quem as lê, na entoação que lhes dá, no sentimento que lhes atribui. No mundo real as primeiras impressões são essencialmente visuais, e o imaginário virtual desvanece com um gesto. A tolerância não tem o mesmo lugar nem a mesma oportunidade.
Esta situação é alimentada pelo misto permitido a quem se recria virtualmente: o de se reinventar como um novo ser, idealista, carismático, imortal; e o de ser cruel, como uma criança que fere na objectividade da sua opinião que não permite o desagradável e só aceita o prazer, atacando grosseiramente aquele que lhe nega algo, não percebendo que do outro lado está ele próprio noutra pessoa.
É um ciclo que se alimenta de si e se recria até chegar aquele que o pára pela integridade e transparência...
... e todos julgamos sê-lo.
quinta-feira, 13 de novembro de 2008
sexta-feira, 7 de novembro de 2008
sábado, 11 de outubro de 2008
I live under
the deep light of her eye.
A few have looked at me and wonder
but most gloss over me in the light of day.
Her skin is my privilege.
I'm a tiny hedgebird mear a highway's
insanely ordered traffic.
I reflect her in the whole of her health.
I measure her when she's sick.
I Thrive at the edge of her daring.
I share the names in her dreams.
I ripple and skip in her singing.
I see her dispensing her light.
I'll witness her ageing,
be with her when she's not
here anymore.
That's how I see it anyway.
Maybe I'm wrong.
Maybe I'll wither like a bit of skin,
drift off into a freckleheaven
purged of my original skin,
transfigured into that state of grace
I spend each moment of my tiny life
loving in her face.
Freckle
Brendan Kennelly
(foto MP)
terça-feira, 30 de setembro de 2008
Início de um conto...?
O desespero lia-se nos seus olhos. A sua face enrugada e o corpo emagrecido pela dor dos últimos dias não ajudam a ver o seu brilhantismo nem a sua juventude. Apenas o peso de um momento da vida menos bom que se parece dilatar no tempo sem compaixão por quem atinge.
Ainda se permitiu fazer uma brincadeira e esconder-se por detrás de um painel de publicidade, de me surpreender sem ser visto enquanto caminhava para ir ao seu encontro. Esboça um sorriso quando me vê e nos seu olhar surge um brilho e no rosto um sorriso.
(...)
O desespero lia-se nos seus olhos. A sua face enrugada e o corpo emagrecido pela dor dos últimos dias não ajudam a ver o seu brilhantismo nem a sua juventude. Apenas o peso de um momento da vida menos bom que se parece dilatar no tempo sem compaixão por quem atinge.
Ainda se permitiu fazer uma brincadeira e esconder-se por detrás de um painel de publicidade, de me surpreender sem ser visto enquanto caminhava para ir ao seu encontro. Esboça um sorriso quando me vê e nos seu olhar surge um brilho e no rosto um sorriso.
(...)
Assinar:
Postagens (Atom)