quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Para alguém que ainda não consegue "gritar"...
Conto consigo para que não desista, comigo pode [...] contar...
Eu estou aqui...

Não me resta nada, sinto não ter forças para lutar
É como morrer de sede no meio do mar e afogar
Sinto-me isolado com tanta gente à minha volta
Vocês não ouvem o grito da minha revolta
Choro a rir, isto é mais forte do que pensei
Por dentro sou um mendigo que aparenta ser um rei
Não sei do que fujo, a esperança pouca me resta
É triste ser tão novo e já achar que a vida não presta
As pernas tremem, o tempo passa, sinto cansaço
O vento sopra, ao espelho vejo o fracasso
O dia amanhece, algo me diz para ter cuidado
Vagueio sem destino nem sei se estou acordado
O sorriso escasseia, hoje a tristeza é rainha
Não sei se a alma existe mas sei que alguém feriu a minha
Às vezes penso se algum dia serei feliz
Enquanto oiço uma voz dentro de mim que diz…

Chorei,
Mas não sei se alguém me ouviu
E não sei se quem me viu
Sabe a dor que em mim carrego e a angústia que se esconde
Vou ser forte e vou-me erguer
E ter coragem de querer
Não ceder, nem desistir eu prometo
Busquei
Nas palavras o conforto
Dancei no silêncio morto
E o escuro revelou que em mim a Luz se esconde
Vou ser forte e vou-me erguer
E ter coragem de querer
Não ceder, nem desistir eu prometo

Não há dia que não pergunte a Deus porque nasci
Eu não pedi, alguém me diga o que faço aqui
Se dependesse de mim teria ficado onde estava
Onde não pensava, não existia e não chorava
Sou prisioneiro de mim próprio, o meu pior inimigo
Às vezes penso que passo tempo demais comigo
Olho para os lados, não vejo ninguém para me ajudar
Um ombro para me apoiar, um sorriso para me animar
Quem sou eu? Para onde vou? De onde vim?
Alguém me diga, porque, me sinto assim?
Sinto que a culpa é minha mas não sei bem porquê
Sinto lágrimas nos meus olhos mas ninguém as vê
Estou farto de mim, farto daquilo que sou, farto daquilo que penso
Mostrem-me a saída deste abismo imenso
Pergunto-me se algum dia serei feliz
Enquanto oiço uma voz dentro de mim que me diz…

Mantém-te firme,
quando pensares que não consegues lutar,
que o mundo vai acabar,
ouve a voz dentro de ti!
Mantém-te firme,
não te esqueças que podes sempre escolher,
ninguém te pode vencer,
usa a forca dentro de ti!

Tento não me ir abaixo mas, não sou de ferro,
Quando penso que tudo vai passar, parece que mais me enterro,
Sinto uma nuvem cinzenta que me acompanha onde estiver,
E penso para mim mesmo, será que Deus me quer?
A vida é uma grande merda, e depois a morte,
Cada um com a sua sina, cada um com a sua sorte.
Não peço muito, não peço mais do que tenho direito,
Olho para trás e analiso tudo o que tenho feito.
E mesmo quando errei foi a tentar fazer bem,
Não sei o que ódio, não desejo mal a ninguém.
Há-de surgir um raio de luz no meio da porcaria,
Porque até um relógio parado esta certo duas vezes por dia!
Vou aguentando, a esperança é a ultima a morrer,
Neste jogo incerto que resultado, não posso prever,
E quando penso em desistir por me sentir infeliz,
Oiço uma voz dentro de mim que me diz...

Chorei,
Mas não sei se alguém me ouviu
E não sei se quem me viu
Sabe a dor que em mim carrego e a angústia que se esconde
Vou ser forte e vou-me erguer
E ter coragem de querer
Não ceder, nem desistir eu prometo
Busquei
Nas palavras o conforto
Dancei no silêncio morto
E o escuro revelou que em mim a Luz se esconde
Vou ser forte e vou-me erguer
E ter coragem de querer
Não ceder, nem desistir eu prometo

(
Boss AC e Mariza - Alguém me ouviu(mantém-te firme))
(foto MP)

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

"Ganesha é o Deus que remove todos os obstáculos, ele é o protector de todos os seres. Ele também é o Deus do conhecimento. Ganesha representa o sábio, o homem em plenitude, e os meios de realização. Sua figura revela um significado profundo e necessita ser desdobrada." (http://www.yogalotus.com.br/ganesha.htm)
"Considerado o mestre do intelecto e da sabedoria, "Destruidor de Obstáculos", a razão sendo a solução lógica para os problemas."


(logo da NomadIT em http://nomadit.co.uk)

A compreensão e entendimento da realidade dos outros apenas faz com que o nosso próprio caminho seja ainda mais solitário… Solidão levemente aligeirada pela crença profunda de que esta forma de ser faz parte de um valor pessoal incontestável… Mas a batalha interior é constante entre o que deve ser feito em benefício de outros e nossa própria necessidade, mesmo prevalecendo sempre os interesses alheios…
Altruísmo?!… ao ver os jogos irracionais à volta temos a consciência que tanto poderia ser evitado com um pouco de compreensão, honestidade, comunicação, companheirismo… o ‘destino’ parece ser um caminho de pedras solitário… e para quem esqueceu de trazer sapatos… por vezes não se sabe como lidar com isto…
Quase parece que se assiste ‘de palanque’ a um festival de marionetas à volta… mas custa ver sofrer quem aparentemente e no nosso intimo julgamos não merecer tal sofrimento, como se sofre também ao ver os lugares vazios à volta e se sofre ao ver que os outros não entendem a ajuda que lhes está a ser estendida ou não a querem, não por terem encontrado noutro lado – o que seria óptimo - mas porque preferem continuar numa acomodação magoada a uma situação…
Sentimento nobre?!… não é por aí… mas é algo que não cala o silêncio da solidão nem traz os amigos quando se necessita nem a sua compreensão quando mais se precisa dela…
Apenas garante para os outros de que se estamos ali quando necessitam… de coração aberto...

(texto em co-autoria)