quarta-feira, 14 de julho de 2010
segunda-feira, 31 de maio de 2010
quarta-feira, 17 de março de 2010
Lip Dub @ ISCTE-IUL
Já havia uma música escolhida (the 80's de David Fonseca), um percurso idealizado, ideias de cenários pensados e considerei que devia respeitar e integrar as ideias que me foram transmitidas. Mais um desafio se colocou no ritmo que era preciso manter ao longo da grande maioria do percurso e a estabilidade de câmara principalmente em percursos desnivelados e irregulares. Foi trazido um estabilizador de imagem ao qual tive de adaptar rapidamente (apenas hora e meia no dia anterior às gravações) e que implicou em mais alguns ajustes de planos de forma a não haver perca no ritmo previsto... em alguns momentos funcionou na perfeição, noutros... apenas ligeiramente (um obrigada especial a Angelo Peres da Widescreen por alguns conselhos dados).
As mudanças de planos implicaram na perca de algumas ideias iniciais bastante interessantes e na construção de outras. A ideia da palavra lipdub humana, a bandeira, da cena envolvendo o cantor David Fonseca, da chapada na 'Ala dos namorados', projecção da participação de casa de um dos nossos alunos de ensino à distancia, as gémeas, o canoing, a cena 'I should have kissed you' foram mantidas sem qualquer alteração (nesta ultima o cúpido fugiu). Outras ainda sofreram adaptações profundas como a cena do exorcismo (que passa com demasiada rapidez na câmara) ou da sala de estudo (gravada com estudantes que participaram passivamente devido a estarem a utilizar o espaço para o fim a que se destina), a cena da sala de aula que, por falha de projector implicou numa reformulação para imagem de quadro; a cena de praia que teve se passar a esplanada e o nadador salvador teve de encontrar nova função. Outras ideias caíram devido à falta de tempo para a sua realização, sendo a que mais pena deixou em todos ter-se deixado de lado a da viragem da bandeira pela imagem do ISCTE-IUL. Perderam-se cenas por falta de tempo em as preparar convenientemente como a do 'aquario de fumo', parkur, surf, jogos de volei de praia (apesar da quantidade de areia em parte do trajecto mas que não chegou a estar pronta a tempo devido ao mau tempo registados durante grande parte da semana que antecedeu as filmagens), a encenação do grupo de teatro do ISCTE-IUL. Algumas referencias relembrando os anos 80 foram trazidas pelos próprios participantes.
O percurso era também um desafio para os seus participantes. Dos esperados 400 inscritos apareceram pouco mais de metade. O conceito era interessante mas ainda desconhecido em Portugal, não tendo cativado maior atenção (algo que entretanto se alterou com a divulgação deste trabalho). No entanto quem participou teve 3 vezes mais trabalho visto em média cada pessoa aparecer três vezes ao longo de todo o vídeo (apenas mencionando alguns exemplos, o 'Wally' correu bem mais que eu por todos os edifícios e foi quem mais apareceu, a hospedeira quatro). O ritmo nunca parou e foi sempre acelerado para todos.
Neste movimento surgiu o apoio de uma equipa de pessoas fabulosas, cuja presença, participação, preocupação e empenho foram decisivas para que o meu trabalho fosse possível. Menciono para alem da organização, a minha assistente de câmara e menina do elevador, a Joana Neves (e a quem agradeço sentidamente o elogio que fez no seu blog), o seu pai e colega de serviço, Luís, bem como ao João Cunha, Carla Bray, Inês Santos e Marta. Também as palavras encorajadoras de todos os participantes ao longo do dia de filmagens. Gerson, foi óptimo trabalhar com uma pessoa que, apesar dos contratempos iniciais, se mostrou pró-activo e dinâmico sempre tendo em vista a concretização do objectivo comum.
No caso do David Varela, ele está a fazer o curso assistindo às aulas de casa (representada pela imagem do programa de web-conference com a imagem dele projectada na tela da sala de aula, no meio dos colegas) e, apesar das condicionantes, mostrou interesse em participar neste projecto e estar presente e integrar as filmagens.
De referir também a participação do Prof. Pedro Dionísio que, com o seu contributo e empenho esqueceu de retirar a camisola para revelar a azul com o símbolo do Indeg ;) fica no entanto aqui a referência.
No seu conjunto penso que o desafio foi ganho, a experiência enriquecedora e o resultado está aqui. Oficialmente parece que esta foi a primeira vez que algo do género se fez em Portugal e que pelo facto de ter sido o primeiro enfrentou dificuldades e desconhecimentos naturais de quem dá os primeiros passos. Naturalmente surgirão outros trabalhos (esperemos que sim… parece que já andam ideias por aí… estejam atentos), até mais originais e espero que melhores que o conseguido aqui. E se quiserem saber mais... coloquem as vossas questões. Afinal um dos objectivos é também a partilha de conhecimento e que se faça ainda mais e melhor.
Antes de mais, um obrigada pelo apoio e feedback dados por todos, especialmente a Angelo Peres da Widescreen e ao Calvas, uma 'ssoa que filma .
já agora, podem ver fotos de diversos autores no site da Pbase e dar uma espreitadela aos bastidores (imagens do CanalUp).
Antes de terminar, deixo alguns links de interesse:
http://esperobemquenao.blogspot.com/2010/03/iscte-onfire.html
http://www.rcdesigner.net/lip-dub-at-iscte/
http://aeiou.visao.pt/veja-aqui-o-primeiro-lip-dub-feito-numa-universidade-portuguesa=f552118
http://blog.carlosserrao.net/2010/03/lip-dub-iscte-iul/
http://psicolaranja.blogs.sapo.pt/592210.html
http://www.ruben-alves.com/index.php?p=blog&id=623&origem=rss
http://www.destak.pt/artigo/57274
http://poroutraspalavras.wordpress.com/2010/03/17/lip-dub-iscte-iul-ao-som-de-david-fonseca/
http://ahotclick.blogspot.com/2010/03/lipdub-iscte-brutal.html
http://www.regiaodeleiria.pt/2010/03/250-pessoas-dancam-ao-som-de-david-fonseca-em-video-lipdub/
http://www.mundouniversitario.pt/artigos.php?art=4527
http://blitz.aeiou.pt/gen.pl?fokey=bz.stories/58748&p=stories&op=view&page=1&num=10
http://www.davidfonseca.com/news/arquivo
domingo, 14 de março de 2010
University LipDub - 1º vídeo sem cortes em Portugal
domingo, 24 de janeiro de 2010

Angel
(Sarah McLachlan)
Spend all your time waiting
for that second chance
for a break that would make it okay
there's always some reason
to feel not good enough
and it's hard at the end of the day
I need some distraction
or a beautiful release
memory seeps from my veins
it may be empty
or weightless and maybe
we'll find some peace tonight
you're in the arms of the angel
fly away from here
from this dark cold hotel room
and the endlessness that you fear
you are pulled from the wreckage
of your silent reverie
you're in the arms of the angel
may you find some comfort here
So tired of the straight line
where everywhere you turn
there's vultures and thieves at your back
the storm keeps on twisting
keep on building the lies
that you make up for all that you lack
it don't make no difference
escape one last time
it's easier to believe
in this sweet madness oh
this glorious sadness that brings me to my knees
In the arms of the angel
fly away from here
from this dark cold hotel room
and the endlessness that you fear
you are pulled from the wreckage
of your silent reverie
you're in the arms of the angel
may you find some comfort here
you're in the arms of the angel
may you find some comfort here
Final note - "Bateram na porta, hesitei e não quis abrir... Bateram de novo com força... Mas depois não mais insistiu... desceu as escadas em silêncio e para sempre partiu !!! Partiu deixando na porta estas palavras fatais: "Eu sou a felicidade e não voltarei jamais." " (http://h2o.blogs.sapo.pt/arquivo/2004_03.html)
Não deixem fugir a felicidade quando ela se encontra mesmo ao vosso lado...
terça-feira, 13 de outubro de 2009
domingo, 9 de agosto de 2009
quinta-feira, 30 de julho de 2009
José Saramago: Ensaio sobre o Twitter
Entrevistado pelo O Globo no passado domingo, o nobel da literaturaJosé Saramago opinou sobre o Twittercomo realidade da comunicação actual. Afirmou:
“Os tais 140 caracteres reflectem algo que já conhecíamos: a tendência para o monossílabo como forma de comunicação. De degrau em degrau, vamos descendo até o grunhido.”
ParafraseandoRicardo Araújo Pereira num brilhante sketch, “concordo com a primeira parte, discordo da segunda parte. Tenho dúvidas em relação a três vírgulas e sou contra o ponto de final”.
Falando mais a sério, não é expectável queJosé Saramago, que teve uma relação de décadas com a máquina de escrever enquanto jornalista e romancista, se converta a meios de comunicação em rede. O seu desenvolvimento enquanto ser social, não é o mesmo da geração “móvel” que cresceu com generalização do computador e telemóvel. A informação disponibilizada em rádio, TV, extensos jornais e livros não acompanha a necessidade do consumidor actual, mas é o cenário satisfatório para quem viveu boa parte da vida nesse contexto.
Nos “tempos modernos”, não é só modelo de leitor que se altera, é o próprio agente da notícia. Por exemplo, na terça-feira Lance Armstrongutilizou o Twitter para responder a “provocações” de Alberto Contador, ambos da equipa de ciclismo Astana. A notícia nasce cada vez mais na Internet e em linhas sucintas.
O tráfego de dados aumentou dez vezes nos últimos dois anos. Frente ao computador, os jovens passam tanto ou mais tempo, como a anterior geração frente à TV, e as ascendentes em redor da rádio e a esfolhear um livro. Alguns “velhos lobos” da informação percebem isto e, mesmo não acreditando 100% no meio, não deixam de marcar presença. Veja-seLarry King, que todos os dias tem algo a dizer (de trabalho) aos mais de 850 mil seguidores. Outros senhores espectáculo, comoDavid Letterman, não entendem – ou fazem que não querem entender - o poder de influência que a informação concisa pode ter.
Na elegia a Walter Cronkite que escreveu no passado sábado noPúblico,Eduardo Cintra Torres referiu que o jornalista americano trabalhava o texto das notícias de forma a terem não 15, mas 10 segundos. O objectivo era poder incluir mais informação no formato telejornal a que dava voz. Como vemos, o tema “concisão” não é novo e foi preocupação de um dos mais elogiados profissionais da informação.
Se caminhamos para o grunhido não sei, mas parece-me claro que a concisão, o dizer mais com menos caracteres são exigências do nosso tempo. Hoje temos mais informação disponível e cabe a um torná-la conhecimento.
(Crédito da foto de Saramago: Wikimedia Commons. Fonte do texto: http://twitterportugal.com/blog/jose-saramago-ensaio-sobre-o-twitter/ )